sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

As chuvas em VR

Chuva, muita chuva! Fazia tempo que não chovia tanto em nossa cidade. Historicamente, VR vinha resistindo bem aos temporais nos últimos anos, mas neste verão de 2009, choveu muito mais do que em outros anos. O resultado, infelizmente, é alarmante e trágico.

No dia 04 deste mês, conforme foi amplamente divulgado pela imprensa da região, Inês da Silva Nunes, 57, morreu soterrada, no bairro Eldorado, no Retiro. Em 14 de novembro do ano passado, a pequena Isabele Ferreira, de 7 anos, foi vítima de um deslizamento de terra, na Estrada da Mantiqueira, no Açude.

Houve ainda destelhamento de casas na Vila Brasília, quedas de barreiras na Avenida Francisco Torres e na Estrada Roma - Getulândia. Vários pontos da cidade ficaram alagados, como a Rua 12 de outubro, no Niterói, e Arthur Luiz Corrêa, no Barreira Cravo. Uma casa desabou no Roma II, e no Retiro, a Avenida Santa Rita, ficou praticamente intransitável devido a quantidade de barro. No Candelária, ocorreu queda de barreira na Rua Mauro Francisco Torres, a principal do bairro. As principais ruas do São Sebastião ficaram repletas de lama. No Eldorado, as casas da Rua Nova Friburgo, onde ocorreu a tragédia do dia 04, foram todas interditadas pela Defesa Civil. Na RJ-153, o trecho do bairro Santa Rita do Zarur ficou tomado pelo barro. Todos estes casos, e outros mais, ocorreram somente neste mês de fevereiro.

Na medida do possível, a prefeitura vem atendendo os locais mais atingidos. Entretanto, é importante ressaltar que os bairros mais atingidos pelas chuvas são quase sempre os mesmos: Pinto da Serra, Candelária, São Sebastião, Dom Bosco, Vila Brasília, Açude, entre outros.

Não é o caso de fazerem um plano de ação para que os efeitos dos temporais sejam minimizados, sobretudo nestes bairros? Pela cidade, há diversos barrancos que podem desabar a qualquer momento. No Km 4,5 da Rodovia dos Metalúrgicos, depois do PPC do Conjunto Habitacional Vila Rica, há uma barreira que pode cair a qualquer momento. Sendo a principal rota de entrada e saída da cidade, é fundamental que seja estudada a construção de um muro de arrimo no local.

E o tempo das chuvas ainda não terminou. Vem por aí as águas de março, fechando o verão, parafraseando Tom Jobim. Espero que, caso venham novos temporais, a cidade possa resistir.

Um comentário:

  1. David, e ainda teve todo o transtorno causado no trânsito com os alagamentos de ruas como as da beira-rio. Ficaram fechadas por dias após a interrupção das chuvas que retornaram ontem!

    Bem vindo à blogosfera. Bom trabalho! Vou assinar seu feed. RaquelAlmeida.

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